quinta-feira, 12 de março de 2015

Tarsila do Amaral (vida e obras)

Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista. Nasceu na cidade de Capivari (interior de São Paulo), em 1° de setembro de 1886.

Na adolescência, Tarsila estudou no Colégio Sion, localizado na cidade de São Paulo, porém, completou os estudos numa escola de Barcelona (Espanha). 

Desde jovem, Tarsila demonstrou muito interesse pelas artes plásticas. Aos 16 anos, pintou seu primeiro quadro, intitulado Sagrado Coração de Jesus. Em 1906, casou-se pela primeira vez com André Teixeira Pinto e com ele teve sua única filha, Dulce. Após se separar, começa a estudar escultura.

Somente aos 31 anos começou a aprender as técnicas de pintura com Pedro Alexandrino Borges (pintor, professor e decorador). 

Em 1920, foi estudar na Academia Julian (escola particular de artes plásticas) na cidade de Paris. Em 1922, participou do Salão Oficial dos Artistas da França, utilizando em suas obras as técnicas do cubismo.

Retornou para o Brasil em 1922, formando o "Grupo dos Cinco", junto com Anita Malfatti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Este grupo foi o mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922.

Em 1923, retornou para a Europa e teve contatos com vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu. Entre as décadas de 1920 e 1930, pintou suas obras de maior importância e que fizeram grande sucesso no mundo das artes. Entre as obras desta fase, podemos citar as mais conhecidas: Abaporu (1928) e Operários (1933).

No final da década de 1920, Tarsila criou os movimentos Pau-Brasil e Antropofágico. Entre as propostas desta fase, Tarsila defendia que os artistas brasileiros deveriam conhecer bem a arte europeia, porém deveriam criar uma estética brasileira, apenas inspirada nos movimentos europeus.

No ano de 1926, Tarsila casou-se com Oswald de Andrade, separando-se em 1930. Entre os anos de 1936 e 1952, Tarsila trabalhou como colunista nos Diários Associados (grupo de mídia que envolvia jornais, rádios, revistas).

Tarsila do Amaral faleceu na cidade de São Paulo em 17 de janeiro de 1973. A grandiosidade e importância de seu conjunto artístico a tornou uma das grandes figuras artísticas brasileiras de todos os tempos.

Vejamos a seguir algumas obras dessa fabulosa artista:


Abaporu
Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artista Tarsila do Amaral. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
A tela foi pintada por Tarsila em 1928 e oferecida ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, despertaram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.

A negra

Tarsila e seus amigos preocupavam-se em mostrar, através da sua arte, a mecanização dos seres humanos por causa do crescimento desgovernado das cidades, com a construção de fábricas e arranha-céus. Fortalecia-se também entre eles o sentimento patriótico-nacionalista: a arte brasileira deveria buscar suas raízes. Essa pintura é um bom exemplo das ideias daquela época. Observe a folha de bananeira e a negra, elementos que identificam o Brasil.


A bailarina

Tarsila aperfeiçoou seus estudos com os pintores Albert Gleizes e Fernand Léger, e conheceu, nessa época, Pablo Picasso. Sua pintura passou a ter muitas formas geométricas, lembrando o movimento artístico chamado Cubismo.




A cuca

O que diferenciava seu trabalho era, como disse o famoso poeta brasileiro Carlos Drummond Andrade, “... o amarelo vivo, o rosa violáceo, o azul pureza, o verde cantante...”, isto é, as cores “caipiras” de suas agradáveis lembranças da infância.


A gare



Observe a pintura A gare. Tarsila brincou com as formas geométricas, fazendo um passeio urbano usando trilhos, vagões e máquinas.





Urutu


A Antropofagia aparece no trabalho de Tarsila quando ela utiliza tudo que aprendeu na Europa e transforma em arte tipicamente brasileira. É o que acontece em Urutu, onde ela representou as imagens de pureza e de liberdade guardadas de sua infância.



A lua



Em A Lua, Tarsila consegue unir a realidade e a fantasia, sem perder a ligação com a terra.






Sol nascente

Nessa pintura de cores contrastantes e formas volumosas, Tarsila fez com que o dia e a noite acontecessem num mesmo momento.
Algumas obras dessa fase são surrealistas, isto é, Tarsila pintou sonhos, segredos e mistérios usando linhas, cores e composições irregulares, bem, diferentes daquilo que vemos no mundo de verdade.


Operários



Em Operários, Tarsila representou questões sociais retratando pessoas tristes e oprimidas, a miséria, a dor e a desigualdade das raças




Vejamos agora agora algumas releituras feitas por alunos do 1° ao 5° ano:
Releitura A lua- relevo com gliter
Releitura Operários- recorte e colagem

Releitura Abaporu- pontilhismo
Releitura Urutu- colagem (mosaico)
Releitura sol nascente- pintura com giz de cera
Releitura A cuca-  pintura com giz de cera
Releitura A gare- pintura com giz de cera
Releitura  A Bailarina- pintura com guache
Releitura A negra- colagem com crepom









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